O voto facultativo no mundo



A Democracia deve ser entendida basicamente como o sistema de governo que ao avaliar a vontade do povo , a executa de forma a atender e obedecer o anseio deste mesmo povo. Esta é uma simples e reduzida explicação para uma "complexa engrenagem" , de muitos envolvidos e  participantes. O princípio desta engrenagem está vinculada ao direito universal de voto de todo cidadão. É através deste direito que nos tornamos participantes com grande influência nesta engrenagem. O que devemos entender e fazer valer , é que o voto é um direito , e como tal deve ser exercido desta forma , como direito , e nunca como dever , de forma obrigatória. Desde o princípio na Grécia até os dias de hoje a história da eleições veio evoluindo e sofrendo grandes transformações , como a participação de mulheres ( no Brasil a partir de 1932 ) ,  dos analfabetos ( no Brasil a partir de 1985 ) e dos jovens a partir de 16 anos ( no Brasil a partir de 1988 ). Porém apesar destes avanços significativos , em nenhum momento se avançou no sentido de tornar o voto facultativo , caracterizando o voto como verdadeiro direito do cidadão. Atualmente dos 231 países no mundo que tem eleições em seus sistemas de governo , apenas 24 determinam que o voto seja obrigatório ( compulsório ). Destes 24 países , 13 são na América Latina , outros 7 são países subdesenvolvidos  ou em desenvolvimento. Apenas 04 são desenvolvidos. Se analisarmos as 15 maiores economias do mundo , apenas o Brasil ( 9º do ranking ) possui no sistema eleitoral ,  o voto obrigatório. Manter em vigor tal prática , demonstra claramente que no Brasil  não vivemos uma democracia , pois a classe política mantem seu status , através do constrangimento da obrigatoriedade , disfarçado de direito universal. A consciência política é o que leva o cidadão a urna para exercer o seu direito , e não a obrigatoriedade pura e simples. Quando somos impactados por projetos apresentados por homens ou mulheres identificados com os anseios do povo , somos levados de imediato a querer chancelar e participar destes projetos , o desejo de se fazer presente no processo eleitoral nos leva a exercer o nosso "direito". De forma contrária e inversa quando identificamos homens ou mulheres que nada apresentam de benefício para o país e a população , não temos interesse algum de nos associar a "eles". Simplesmente não votamos , pois este é o nosso "direito". Já está mais do que na hora , de nós que detemos o direito , fazer dele uma realidade , e de forma firme ,  exigir a alteração que mais seria a mais valiosa na Lei Eleitoral , a aprovação do " VOTO FACULTATIVO"

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